Patrícia Vendramim
Psicóloga - CRP 06/55672
(11) 97229-5969
Atendimento a crianças, adultos, gestantes, famílias e pais-bebê
São Bernardo Campo - SP

Rosa Kuwahara Ui
Psicóloga - CRP 06/15897
(11) 97742-4536
Atendimento a crianças, adolescentes e adultos
São Bernanrdo do Campo - SP

Sandia Maria de Sousa
Psicóloga - CRP 06/37172
(11) 97154-5030
Atendimento a crianças, adolescentes, adultos e idosos
São Bernardo do Campo - SP

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Nossas escolhas são sempre certas

Soa estranho, no mínimo, a firmação de que nossas escolhas são sempre certas. No entanto, por mais estranho que pareça é possível compreender essa afirmação. Podemos começar pensando sobre o que define uma escolha.
Uma escolha se define pela opção por um modo de manifestação ou expressão de um desejo, de uma vontade ou uma necessidade. Ao seguirmos esta opção, deixamos de nos relacionar com todas as outras possibilidades ou possíveis escolhas.
O que nos orienta em direção a uma opção ou escolha é a nossa percepção do que é melhor, portanto, do que nos fará bem. Invariavelmente, seguiremos esse princípio, já que a nossa mente, em uma condição saudável, não aceita outra opção. Somos compelidos a escolher aquilo que parece vantajoso ou benéfico para a nossa integridade.
Às vezes, a percepção do que é melhor não se apresenta numa relação direta, mas sim indireta, ou seja, podemos nos submeter a algo "ruim" se isso servir para evitar um dano indiretamente a nós mesmos. Ocorre que um dano a alguém que prezamos, por vezes, poderá nos causar tanta ou mais dor do que se ocorresse diretamente conosco.
Tudo se concentra na percepção. É a nossa percepção da situação que nos orienta em nossas ações ou escolhas. 
A percepção pode ser influenciada por vários aspectos, tais como, nossos sentidos, nossos pensamentos e crenças, nossos sentimentos e emoções, por fatores biológicos, por  nossa intuição, nosso conhecimento adquirido por nossas experiências e pelo estudo. Esses conteúdos nos dão as informações sobre qualquer situação, mas podem ser limitados ou amplos; flexíveis ou inflexíveis; conscientes ou inconscientes, etc.
No momento da escolha só podemos contar com o que temos e o que somos naquele momento. Usamos o nosso melhor pra escolher ou o que acreditamos ser o melhor. Por esse princípio, não existe  escolha errada. A escolha é sempre certa para quem está escolhendo.
Somente quando vivenciamos as consequências das nossas escolhas podemos perceber se correspondem ou não a nossa percepção inicial, motivação da escolha e das nossas expectativas.
Às vezes, são validadas ou confirmadas, mas outras vezes se mostram como enganos ou erros que podem desencadear fortes arrependimentos, seguidos de culpa e autopunição/punição ou prejuízos circunstanciais ou permanentes.
Então, como é que nossas escolhas são sempre certas?
Sim, as escolhas sim, não as consequências.
Quanto menos temos consciência dos conteúdos que influenciam nossa percepção de nós mesmos e da nossa realidade, mais limitada e enganosa se torna a  percepção do que está diante de nós, fazendo com que aumente os riscos das consequências das nossas escolhas não coincidirem com nossas motivações e expectativas.
Portanto, cada reflexão e observação sobre o que nos acontece, sobre as consequências de nossas escolhas anteriores ou sobre nossas experiências e também a experiencia dos outros; sobre o autoconhecimento e o conhecimento; sobre a influência da nossa sensibilidade e da nossa razão, melhora nossa percepção e consequentemente afina nossas escolhas com suas consequências.
A psicoterapia proporciona o autoconhecimento, evidencia nossa forma de lidar com o nosso mundo interno e nosso mundo externo, ampliando a nossa percepção sobre o que nos afeta e como nos afeta, permitindo o contato com novas formas de encarar as vida. Isso permite que no momento de nossas escolhas possamos estar mais conscientes e plenos. 
Uma coisa é certa, queremos que o melhor que almejamos no momento das nossas escolhas seja evidenciado  e confirmado em suas consequências.

Por Sandia Sousa
CRP 06/37172
11-981532037

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Sindrome de Burnout - Atenção Professores, Cuidadores, Educadores e Profissionais da Saúde

Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico, de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso,  cuja causa está intimamente ligada à vida profissional.
São doze os estágios de Burnout:
  • Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz
  • Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);
  • Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
  • Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
  • Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
  • Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
  • Recolhimento e aversão a reuniões (anti-socialização);
  • Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor);
  • Despersonalização (evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc);
  • Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;
  • Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
  • E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.


Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_burnout

domingo, 21 de junho de 2015

Como controlar a ansiedade e o que fazer quando estiver em crise?

Primeiramente, a ansiedade é uma emoção básica que em níveis adequados  é positiva porque nos prepara para situações novas.
O transtorno de ansiedade é  uma doença que é caracterizada por um excesso de preocupação e medo que faz a pessoa se projetar para o passado ou para o futuro, ou seja, ela sai do presente ou do aqui e agora. A pessoa fica pensando em  maneiras diferentes pra fazer o que já fez (passado) ou fica imaginando tudo o que pode acontecer sobre algo que  ainda não aconteceu ou que as vezes a chance de acontecer é mínima.
A ansiedade interfere nos pensamentos , ou seja, eles ficam rápidos e catastróficos ou negativos. Interfere nas emoções, ou seja, os pensamentos catastróficos desencadeiam medos e angústias. E isso tudo  leva a comportamentos de evitação, ou seja, você não consegue fazer coisas novas ou coisas que antes fazia sem problema.
O transtorno de ansiedade se manifesta em vários níveis, por isso é importante consultar um Psicólogo para avaliar  e  tratar a ansiedade de modo pessoal.
De modo geral, o que pode ser feito, diante da ansiedade,  é observar seus pensamentos, seus sentimentos e suas reações físicas, tais como enjôo, dor ou aperto no peito, dor de cabeça, tremor, sudorese, falta de ar, etc.  Tente questionar seus pensamentos usando a lógica, pois os pensamentos  automáticos catastróficos não tem lógica. Procure relaxar seu corpo, respirando com calma.
Na psicoterapia você poderá aprender outras técnicas para identificar e controlar a sua ansiedade e, principalmente, descobrir as causas.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Antes de ler e escrever, há muito para fazer


Leitura recomendada.

Há muito que desenvolver antes de aprender a ler e escrever ... Artigo muito interessante e atual.
Hoje, se vive uma pressa na alfabetização, mas o tornar-se pessoa vai além...
http://www.educare.pt/noticias/noticia/ver/?id=37163&langid=1

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Psicoterapia Pais Bebê



O que é?

Trabalho psicoterapêutico do vínculo pais-bebê quando se observa algum tipo de sofrimento na relação, o que pode se expressar, inclusive, por sintomas do bebê.

Considera-se o bebê até 03 anos de idade, quando o psiquismo ainda é peculiarmente dependente do psiquismo dos pais.

Quando pode ajudar?

1. Quando há alguma dificuldade a partir da inserção do bebê na família:

   - dificuldades no estabelecimento da amamentação
   - conflitos conjugais a partir da chegada do bebê
   - sobrecarga emocional da mãe ou dos pais
   - existência de agressividade (concreta ou sentimentos hostis exacerbados) em relação ao bebê
   - auxílio no vínculo mãe-bebê no tratamento da depressão pós parto
   - auxílio no vínculo pais-bebê quando o bebê apresenta dificuldades de desenvolvimento

2. Quando o bebê apresenta sintomas:

   - dificuldades com o sono (insônia, dificuldade de domir sozinho)
   - agressividade exacerbada
   - dificuldades de comunicação e linguagem
   - dificuldades com a alimentação
   - apatia
   - choro persistente
   - presença de ansiedade, depressão, medo exacerbados do bebê
   - impulsividade exacerbada
   - dificuldades exacerbadas com excreção
   - outros sintomas sem origem orgânica

A Psicoterapia pais-bebê pode também auxiliar:

   - os pais a lidarem com suas dificuldades e as dificuldades do bebê
   - no fortalecimento da parentalidade
   - na composição e diferenciação dos papéis pais-bebê
   - na saúde afetiva das relações
   - no desenvolvimento psicoafetivo da criança

                                                                                                                           

                                                                                                                                 Patricia Vendramim
                                                                                                                                         CRP. 06/55672


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Reportagem sobre relação mãe-bebê: o cheiro do bebê.

Cheiro do bebê fortalece o vínculo entre mãe e filho


Estudo comprova que o aroma do recém-nascido ativa uma parte do cérebro da mãe responsável pela compensação, que a deixa mais protetora


pesquisa.htmlhttp://revistacrescer.globo.com/Bebes/Rotina/noticia/2013/10/cheiro-do-bebe-fortalece-o-vinculo-entre-mae-e-filho-diz-pesquisa.html

terça-feira, 7 de abril de 2015

Como os adultos oferecem modelos de esquemas(crenças) desadaptativos/disfuncionais para as crianças


Ter uma criança sob cuidados, seja como pai, mãe, avós, tios, professores é uma tarefa de muita responsabilidade. Em geral, quando pensamos em responsabilidade nos remetemos automaticamente para os cuidados com a saúde, segurança, educação, lazer, entre outros.
Entretanto, há uma responsabilidade e um cuidado, em geral, pouco reconhecido e valorizado relacionado ao modo como reforçamos a formação de esquemas ou crenças para as crianças. Como já sabemos, não adianta recomendar fazer o que se diz e não fazer o que se faz. Os esquemas dos adultos são fortes e determinantes referências para a formação dos esquemas que se formam na infância.

Mas, afinal, o que são esquemas?
O esquema é a lente pela qual vemos o mundo, ou seja,  são o conjunto de crenças que influenciam os  pensamentos e as emoções sobre o indivíduo e sobre o mundo. 
Os esquemas ou crenças podem ser adaptativos ou funcionais quando nos favorecem, contribuindo para uma percepção ampla e clara de nós mesmos e do mundo; ou desadaptativos ou disfuncionais, quando fecham e limitam a nossa percepção, como verdades absolutas inflexíveis à questionamentos e mudanças. É como aquele sapato que é pequeno e não serve no pé, mas o indivíduo não reconhece que necessita de sapatos  maiores. Seu movimento passa a ser de encolher os dedos ou até mutilá-los para continuar com os mesmos sapatos, ou seja, garantir a perpetuação do esquema.
Essa influencia do esquema é inconsciente, o que faz com que o indivíduo não consiga desafiá-lo e confrontá-lo de maneira racional. Os pensamentos e sentimentos se tornam disfuncionais a medida que os esquemas influenciam de modo negativo, automático, e desencadeiam reações ou comportamentos de evitação à determinadas situações.

Os esquemas são identificados no processo terapêutico, podendo assim se tornarem conscientes e manejados racionalmente, tornando-se mais adaptativos e funcionais, permitindo assim o enfrentamento e superação de determinadas situações limitantes.
Essa é a base do tratamento. Entretanto, podemos falar também e especialmente de prevenção.

A prevenção de esquemas desadaptativos ou disfuncionais se dá a partir das pessoas significativas que participam do processo de formação da criança, principalmente seus pais, familiares e professores.

Como alguns comportamentos dos adultos influenciam na formação de esquemas desadaptativos ou disfuncionais?
  • Privação emocional: a criança vive o abandono afetivo. Não tem suas necessidades emocionais primárias supridas (afeto, proteção, empatia, cuidados).      Esquema/Conseqüências: crença na incapacidade de ser amada por outra pessoa.
  • Abandono/instabilidade: a criança vive a inconstância no suprimento de suas necessidades básicas. Vivencia oscilações e perdas freqüentes e significativas seja de pessoas, relacionamentos, coisas, etc. Esquema/Conseqüências: crença que sofrerá uma perda iminente. Sentimento de que não adianta investir, pois vai perder.
  • Desconfiança: a criança vive situações de abuso físico e/ou emocional  no ambiente familiar ou escolar. Esquema/Conseqüências:  crença de que será passado pra trás. Desconfiança na intenção das pessoas. Comportamentos defensivos e de ataque antecipado.
  • Vergonha: a criança é constantemente criticada pelos adultos significativos. Esquema/Conseqüências: crença de não ser digno de amor e de coisas boas. Dificuldades  para receber feedback positivo.
  • Fracasso: a criança vive a carência de apoio e incentivo para realizar suas atividades e frequentemente é desprezada e rotulada de incapaz. Esquema/Conseqüências: crença de incapacidade. Para não fracassar nem tenta.
  • Dependência/incompetência: a criança não é estimulada a ser independente e a confiar em sua capacidade de cuidar de si mesma. Esquema/Conseqüências: crença de incapacidade e incompetência em sua autonomia. Dependência dos outros. Dúvidas e indecisão quando tem que fazer escolhas.
  • Vulnerabilidade a danos e doenças: a criança convive com adultos ansiosos que passam a idéia constante de que o mundo é um lugar perigoso. Esquema/Conseqüências: crença de que o mundo é um lugar perigoso e que precisa se proteger. Ansiedade. Pensamentos disfuncionais (automáticos e catastróficos). Preocupações excessivas. Comportamento evitativo.
  • Subjugação:  a criança vive com adultos controladores que não lhe permitem expressar seus desejos e sentimentos. Esquema/Conseqüências: crença na necessidade de ser controlado pelos outros a fim de evitar problemas. Medo de ser rejeitado se não agradar os outros.
  • Autosacrifício: a criança convive com adultos  com problemas de saúde, alcoolismo, etc. necessita cuidar de si ou de outros desde muito cedo. Esquema/Conseqüências: crença de que as necessidades dos outros são  mais importantes que as suas. Sentimento de culpa quando presta atenção nas próprias necessidades.
  • Inibição emocional: a criança é encorajada a conter as emoções para não correr o risco de perder o controle. Esquema/Conseqüências: crença que algumas emoções, como a raiva, são perigosas, por isso, devem ser inibidas. Sua expressão representa risco para a imagem pessoal, pois pode levar ao descontrole, impulsividade e rejeição. Contenção emocional e perda da espontaneidade.
  • Inflexibilidade/crítica:  a criança convive com adultos que nunca estão satisfeitos com o que ela faz. Condicionam afeto a um desempenho excepcional. Esquema/Conseqüências: a crença de insuficiência, ou seja, nada do que faz é suficientemente bom. Sempre deve se esforçar mais. Ênfase em valores como status, poder e riqueza em detrimento de valores como interação social saúde ou felicidade.
  • Merecimento/grandiosidade:  a criança convive com adultos permissivos e que falham na colocação dos limites sociais. Pode estar sofrendo de privação emocional. Esquema/Conseqüências: crença de que a pessoa poderia fazer, dizer ou ter tudo o que quisesse , independente do que isso poderia causar aos outros. Desinteresse na necessidade dos outros.
  • Autocontrole ou autodisciplina insuficientes: a criança não recebeu modelagem dos pais para autocontrole e recebeu disciplina insuficiente. Esquema/Conseqüências: crença na incapacidade de conter impulsos e emoções. Intolerância à frustração. Quando a falta de autocontrole é extrema há risco de comportamentos criminosos ou aditivos.




Young, Jeffrey E. – Terapia cognitiva para Transtornos de Personalidade: Uma abordagem focada em esquemas – Artmed, 2003.
http://noranadirsoares.site.med.br/index.asp?PageName=esquemas-cognitivos-mal-adaptativos